Nem todo mundo sabe, mas receber a aposentadoria de forma integral não significa que o segurado terá direito a ganhar um salário equivalente ao que ele tinha antes de solicitar o benefício.
O teto, ou seja, o benefício máximo que o INSS paga aos seus segurados é um valor que sofre reajustes anualmente. Para 2017, por exemplo, o teto do chamado “salário benefício” é de R$ 5.531,31.
Embora o salário benefício integral seja considerável e capaz de proporcionar uma boa qualidade de vida durante a aposentadoria, receber o teto não é algo tão simples quanto parece. Além de um planejamento eficiente, o segurado deve investir uma boa parcela do seu salário de ativa para obter um valor vantajoso no futuro.
Quer saber como receber o melhor benefício de aposentadoria? Então, confira!
Obtendo o teto de benefício de aposentadoria
Quem quer se aposentar pelo teto precisa contribuir com 11% do valor máximo para o INSS, ou seja, cerca de R$ 608,00 mensais.
Além disso, é preciso que o segurado contribua com esse valor por mais de 80% da sua vida ativa. Justamente por esse motivo, muitos trabalhadores que conseguem altos salários ao longo da sua carreira, acabam não se aposentando pelo teto, já que, durante a vida profissional, as contribuições acabaram variando bastante.
Este tipo de situação, no entanto, se aplica apenas aos trabalhadores de carteira assinada, ou seja, que trabalham pelo regime da CLT. No caso dos autônomos, a contribuição deve ser de 20% do valor máximo, independentemente da data de inscrição do segurado na Previdência Social.
Portanto, para quem é autônomo e deseja conquistar o melhor benefício de aposentadoria, é preciso contribuir com R$ 1.106,00.
Vale destacar que o profissional que é autônomo, mas recolhe pelo regime do MEI, por exemplo, já sofre um desconto de 11% para a Previdência Privada. Caso exista o desejo de complementar o valor, é necessário adquirir o carnê e pagar as prestações extras.
Além de contribuir nos percentuais indicados, o segurado deve estar atento a outros fatores que influenciam no cálculo do melhor benefício de aposentadoria, tais como o fator previdenciário e a regra 85/95 para quem se aposenta por tempo de contribuição. Como já explicamos aqui, mesmo que o segurado contribua no teto, pode acabar não recebendo o benefício máximo.
Como funciona o cálculo?
Quem quer receber o melhor benefício de aposentadoria deve ter em mente que, durante o cálculo do salário benefício, são descartadas 20% das menores contribuições e consideradas 80% das maiores. Logo, quem deseja se aposentar pelo teto deve contribuir no maior percentual durante 80% dos seus pagamentos ao INSS.
Para quem trabalha com carteira assinada, mas não recolhe no valor máximo, é possível complementar a contribuição com o carnê do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
Trabalhadores autônomos, ou seja, contribuintes individuais, como recolhem o percentual declarado, podem assumir o valor de contribuição máxima desde o início.
Como é possível se aposentar ganhando mais?
Para quem está pensando em obter o melhor benefício de aposentadoria, a melhor estratégia não é simplesmente aumentar a contribuição. Isso porque, muitas vezes, aumentar o valor quando o segurado está prestes a se aposentar, provavelmente, não trará grandes impactos no valor final do benefício. Em casos como estes, o ideal é buscar um plano de Previdência Privada e também o auxílio de um especialista.
Em diversas situações, quem espera mais tempo para se aposentar, mesmo tendo atingido os requisitos necessários, pode ter um aumento significativo no valor final do seu salário benefício – por isso é importante avaliar caso a caso. Como cada situação é única, não existe uma regra que se aplique a qualquer segurado. A melhor opção, mesmo, é conversar com quem tem conhecimento de causa e pode ajudar a fazer um bom planejamento, visando o melhor benefício de aposentadoria.
E você, tem dúvidas sobre o melhor momento para se aposentar? Saiba como fazer um bom planejamento e até a próxima.